The scribe and the narrator: memory as resistance in the fight for land among riverside populations of the Upper Tapajós

Authors

  • Maurício Torres Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-20702014000100014

Abstract

The memory of forest peoples is an effective obstacle to land swindling in Amazonia. Two main reasons exist for this. Firstly (what is most of the time) oral memory reveals the underground history of falsely appropriated territories and exposes the construction of the official version found in documents, the product of the alchemy of the forums and registry offices. Secondly the social memory of these groups - built on the past but renewed in the present - legitimizes the local social order. Eroding their memory represents a significant boost to the success of the expropriations practiced by land swindlers.

Downloads

Download data is not yet available.

References

acp. (2006), Ação Civil Pública n. 2006.39.02.000512-0, Vara Única da Subseção Judiciária de Santarém.

Arendt, H. (1997), Entre o passado e o futuro. 1ª edição 1973. São Paulo, Perspectiva. Augê, M. (2007), Não-lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade.1ª edição 1994. Campinas, Papirus.

Barros, M. M. L. (1989), “Memória e família”. Estudos Históricos, 2 (3): 29-42.

Bergson, H. (1999), Matéria e memória: ensaio sobre a relação do corpo com o espírito. 1ª edição 1990. São Paulo, Martins Fontes.

Bosi, E. (1979), Memória e sociedade: lembranças de velhos. São Paulo, T. A. Queiroz.

. (2004), Memória e sociedade: lembranças de velhos. 1ª edição 1994. São Paulo, Companhia das Letras.

Brandão, C. R. (2000), Memória sertão: cenários, pessoas e gestos nos sertões de João Guimarães Rosa e de Manuelzão. São Paulo/Uberaba, Editorial Cone Sul/Universidade de Uberaba.

Certeau, M. (2000), A invenção do cotidiano: arte de fazer. Petrópolis, Vozes.

Chaui , M. (1996), Conformismo e resistência: aspectos da cultura popular no Brasil. São Paulo, Brasiliense.

Connerton, P. (1999), Como as sociedades recordam. 1ª edição 1993. Oeiras, Celta.

Coudreau, H. (1977), Viagem ao Tapajós. Belo Horizonte/São Paulo, Itatiaia/Edusp.

Crime in the Amazon. (2006). Direção: Sotiris Danezis. Atenas, Mega Channel/Digital Beta. dvd (55 min).

Delgado, L. A. N. (2006), História: memória, tempo, identidades. Belo Horizonte, Autêntica.

Halbwachs, M. (1990), A memória coletiva. São Paulo, Vértice.

Ianni, O. (1979), A luta pela terra. 1ª edição 1978. Petrópolis, Vozes.

Kowarick, L. (1979), A espoliação urbana. Rio de Janeiro, Paz e Terra.

et al. (1978) Cidade: usos e abusos. São Paulo, Brasiliense.

Lima, D. M. & Alencar, E. F. (2001), “A lembrança da história na várzea do Médio Solimões”. Lusotopie, pp. 27-48.

Martins, J. S. (1984), A militarização da questão agrária no Brasil. Petrópolis, Vozes.

. (1993), A chegada do estranho. São Paulo, Hucitec.

Menezes, U. T. B. (2002), “Identidade cultural e arqueologia”. In: Bosi, Alfredo (org.). Cultura brasileira: temas e situações. 1ª edição 1987. São Paulo, Ática.

Moniot, H. (1995), “A história dos povos sem história”. In: Le Goff, J. & Nora, P. (orgs.). Historia: novos problemas. 1ª edição 1988. Rio de Janeiro, Francisco Alves.

Neves, L. F. B. (1988), As máscaras da totalidade totalitária. São Paulo, Forense Universitária.

Ortner, S. B. (1979), “Está a mulher para o homem assim como a natureza para a cultura?”. In: Rosaldo, M. Z. & Lamphere, L. (orgs.). A mulher, a cultura e a sociedade. Rio de Janeiro, Paz e Terra.

Pollak, M. (1992), “Memória e identidade social”. Estudos Históricos, 5 (10): 200-216.

Rousso, H. (1996), “A memória não é mais o que era”. In: Ferreira, M. M. & Amado, J. (orgs.). Usos & abusos da história oral. Rio de Janeiro, fgv.

Thomson, A. et al. (1996), “Os debates sobre memória e história: alguns aspectos internacionais”. In: Ferreira, M. M.; Amado, J. (orgs.). Usos & abusos da história oral. Rio de Janeiro, fgv.

Torres, M. (2007), “A pedra muiraquitã: o caso do rio Uruará no enfrentamento dos povos da floresta às madeireiras na Amazônia”. Revista de Direito Agrário, 20:93-124.

. (2008), A beiradeira e o grilador: ocupação e conflito do oeste do Pará. São Paulo, dissertação de mestrado, fflch-usp.

Torres, M. & Figueiredo, W. (2005), “Yellowstone Paroara”. In: Torres, M. (org.). Amazônia revelada: os descaminhos ao longo da br-163. Brasília, cnpq.

. (2006), “Caracterização da ocupação, por população ribeirinha, da porção da margem esquerda do rio Tapajós compreendida entre os igarapés Montanha e José Rodrigues, Alto Tapajós, Itaituba, Pará”. Relatório ref. pa n. 1.23002.00109/2005-90 anexo à acp n. 2006.39.02.000512-0 da Subseção Judiciária de Santarém. Santarém, Ministério Público Federal/Procuradoria da República no Município de Santarém.

Weil, S. (1979), A condição operária e outros estudos de opressão. Rio de Janeiro, Paz e Terra.

Published

2014-06-01

Issue

Section

Articles

How to Cite

Torres, M. (2014). The scribe and the narrator: memory as resistance in the fight for land among riverside populations of the Upper Tapajós . Tempo Social, 26(1), 233-257. https://doi.org/10.1590/S0103-20702014000100014