“É gay ou é hetero?” – Notas etnográficas sobre performatividade nas sociabilidades alternativas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v23i23p125-139Palavras-chave:
Mercado, Sexualidade, Identidade, Performatividade, Antropologia urbana.Resumo
O objetivo deste trabalho consiste em apresentar resultados parciais da etnografia que realizei em minha pesquisa de Mestrado, em duas casas noturnas da cidade Goiânia/GO, que comportam jovens que se nomeiam como alternativos (categoria nativa), ou seja, não se bastam em definições estanques quanto à identidade e à sexualidade, abarcando desde sujeitos heterossexuais, bissexuais ou homossexuais, até os que se dizem sem rótulos. Desta forma, tais estabelecimentos não são identificados como GLS (gays, lésbicas e simpatizantes) – mas também não são ambientes heterossexuais. De maneira que não somente os lugares são alternativos, mas as pessoas também assim se dizem. O que também chama atenção nesses sujeitos é seu caráter performático, desafiando a existência de atos de gênero verdadeiros ou falsos, reais ou distorcidos, levando a indagar se a heterossexualidade é uma ficção reguladora. Dessa forma, ressalto neste artigo a importância da performance e da performatividade neste mercado segmentado, nos quais os processos contemporâneos de circulação de discursos em torno das identidades e categorias sexuais se definem apoiadas em certa fluidez sexual.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autorizo a Cadernos de Campo - Revista dos Alunos de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo (PPGAS-USP) a publicar o trabalho (Artigo, Ensaio, Resenha, Tradução, Entrevista, Arte ou Informe) de minha autoria/responsabilidade assim como me responsabilizo pelo uso das imagens, caso seja aceito para a publicação.
Eu concordo a presente declaração como expressão absoluta da verdade, também me responsabilizo integralmente, em meu nome e de eventuais co-autores, pelo material apresentado.
Atesto o ineditismo do trabalho enviado.