Velho Chico: narrar para audiências desatentas – dilemas e desafios
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v22i1p75-83Keywords:
comunicação, educação, teleficção, recepção, imagemAbstract
O viver contemporâneo — imbricado em redes de hiperconexão e exacerbada midiatização das relações sociais e das intimidades — introduz e estabelece novos modos de convivência entre audiência e produtos culturais. Aí, a telenovela, principal produto ficcional de consumo massivo no Brasil, molda-se a novos modos do ver: desatentos e multifocais. Aviltam-se a imagem e o silêncio, ao mesmo tempo que se impõem tensos desafios às narrativas, em sua experimentação das possibilidades sociais da visão e da transformação social da realidade vivida. O presente artigo discute a recente experiência da exibição, no Brasil, da telenovela Velho Chico, pela Rede Globo de Televisão, bem como alguns de seus desdobramentos junto à audiência, enquanto proposta estética e narrativa profundamente inovadora frente a produtos culturais congêneres.
Downloads
References
BACCEGA, M. A. Consumindo e vivendo a vida: telenovela, consumo e seus discursos. In: LOPES, M. I. V. de (Org.). Ficção televisiva transmidiática no Brasil: plataformas, convergências, comunidades virtuais. Porto Alegre: Sulina, 2011.
____. Narrativa ficcional de televisão: encontro com temas sociais, Comunicação &Educação, n.26, p.7-16, São Paulo, 2003.
____. Ressignificação e atualização das categorias de análise da “ficção impressa” como um dos caminhos de estudo da narrativa teleficcional. In: BACCEGA, M. A.; OROFINO, M. I. R. BACCEGA, M. A. (Orgs.). Consumindo e vivendo a vida: telenovela, consumo e seus discursos. São Paulo: PPGCOM. ESPM, Intermeios, 2013. p. 27-48.
BARTHES, R. Elementos de semiologia. São Paulo: Cultrix, 1971.
ECO, U. Apocalípticos e integrados. São Paulo: Perspectiva, 1979.
HELLER, A. O cotidiano e a História. 6 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
JAMESON, F. Espaço e imagem: teorias do pós-moderno e outros ensaios. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1994.
JENKINS, h. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2008.
JOST, F. Novos comportamentos para antigas mídias ou antigos comportamentos para novas mídias? MATRIZes, v. 4, n. 2. São Paulo: USP, 2011.
JUNQUEIRA, A.H. Imaginário e memória na tessitura narrativa da telenovela “Velho Chico”: as mediações do cotidiano, Anais do XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação - Intercom, São Paulo, 5 a 9 de setembro de 2016.
LIMA, C. A. R.; CALAZANS, J. H. C. A gente se vê pela rede: cultura de fãs e participação online na minissérie #Felizesparasempre, Contemporânea Comunicação e Cultura, v. 14, n. 2, p.171-192, UFBA, 2016.
LOPES, M. I. V. Telenovela brasileira: uma narrativa sobre a nação, Comunicação & Educação, São Paulo, ECA/USP, ano IX, n.26, p. 17-34. jan./abr.2003.
____. Telenovela como recurso comunicativo, MATRIZes, ano 3, n.1, ago./dez. , p. 21-47. 2009
PROULX, M.; SHEPATIN, S. Social TV: How marketers can reach and engage audiences by connecting television to the web, social media, and mobile. New Jersey: John Wiley and Sons, 2012.
SARLO, B. Cenas da vida pós-moderna: intelectuais, arte e videocultura na Argentina. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2004.
SUMMA,G. Social TV: the future of televison in the internet age. [ TV Social: o futuro da televisão na era da internte]. Milan: IT Sloan School of Management, 2011.
Downloads
Published
Issue
Section
License
I authorize the publication of the submitted article and soon the copyrights to the magazine, in the printed and electronic version, if it is approved after the evaluation of the reviewers.
I understand that readers may use this article without prior request, provided the source and authorship are mentioned. Readers are not authorized to use this article for reproduction, in whole or in part, for commercial purposes.