Estudar o que se vive, estudar o que não se vive: a subjetividade de sujeitos-pesquisadores nos estudos sobre estigma

Autores/as

  • Luis Mauro Sá Martino Faculdade Cásper Líbero
  • Ângela Cristina Salgueiro Marques Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v28i2p133-150

Palabras clave:

Ensino, Comunicação, Pesquisa, Estigma, Subjetividade

Resumen

In our research supervision activities, we are frequently approached by students interested in studying stigmatization processes derived from their own experiences which poses, for professors and students, the challenge of rethinking research practices. How do we articulate respect for their experiences crossed by stigmatization with academic rigor? This text stems from unsystematic observation of the challenges brought about by encountering subjectivities in orientation activities. The work is based on three axes: (1) aspects of the concept of stigma, (2) its implications in constituting research subjects, and (3) the theoretical displacements resulting from this process, against the backdrop of Communication Studies.

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Biografía del autor/a

  • Luis Mauro Sá Martino, Faculdade Cásper Líbero

    Doutor em Ciências Sociais pela PUC-SP. Professor da Faculdade Cásper Líbero, professor visitante do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UFMG.

  • Ângela Cristina Salgueiro Marques, Universidade Federal de Minas Gerais

    Doutora em Comunicação Social pela UFMG e professora do Programa de Pós-graduação dessa instituição. Pós-doutora em Comunicação pela université Stendhal, Grenoble III.

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Publicado

2023-12-29

Cómo citar

Martino, L. M. S., & Marques, Ângela C. S. . (2023). Estudar o que se vive, estudar o que não se vive: a subjetividade de sujeitos-pesquisadores nos estudos sobre estigma. Comunicação & Educação, 28(2), 133-150. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v28i2p133-150