Pour une implication de la famille dans la clinique des « troubles phonologiques »

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v29i1p103-118

Mots-clés :

trouble phonologique, famille, orthophonie, psychanalyse, demande

Résumé

Dans la littérature sur les « troubles phonologiques », deux approches abordent la famille dans ses réflexions : dans la première, fondée sur le comportementalisme, les parents assument le rôle de co-thérapeutes et leur tache est de founir feedback ; dans la seconde, fondée principalement sur les théories de la personnalité, leurs attitudes et représentations sont liées à l'étiologie de ces symptômes. Il est proposé ici le développement d'une troisième conception, basée sur l'articulation entre orthophonie et psychanalyse, visant d'abord à accueillir le discours et à interroger le désir parental, qui maintient souvent l'enfant dans une position enfantine, pour ensuite formuler une demande liée à un changement de position de l'enfant par rapport à sa propre parole. On en conclut que cette articulation peut favoriser l'identification de l'enfant à un nouvel idéal de parole.

##plugins.themes.default.displayStats.downloads##

##plugins.themes.default.displayStats.noStats##

Biographies de l'auteur

  • Carlos Eduardo Borges Dias, Universidade Tuiuti do Paraná

    Professor dos cursos de graduação em fonoaudiologia e mestrado e doutorado em Saúde da Comunicação Humana da Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.

  • Irene Nepomuceno Cardoso, Universidade Tuiuti do Paraná

    Mestranda em Saúde da Comunicação Humana na Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, PR, Brasil. 

  • Sammia Klann Vieira, Universidade Tuiuti do Paraná

    Doutoranda em Saúde da Comunicação Humana na Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, PR, Brasil. 

  • Willian Mac-Cormick Maron , Universidade Tuiuti do Paraná

    Professor do Departamento de Psicologia da Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, PR, Brasil. 

  • Ana Paula Berberian, Universidade Tuiuti do Paraná

    Professora dos cursos de graduação em fonoaudiologia e mestrado e doutorado em Saúde da Comunicação Humana da Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, PR, Brasil. 

  • Regina Maria Ayres de Camargo Freire, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

    Professora dos cursos de graduação em fonoaudiologia e mestrado e doutorado em Comunicação Humana e Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. 

Références

Andersland, P.B. (1961). Maternal and environmenal factors related to success in speech improvement training. Journal of Speech and Hearing Research, n. 4. pp. 79-90. https://doi.org/10.1044/jshr.0401.79

ASHA, American Speech-Language-Hearing Association. Speech Sound Disorders-Articulation and Phonology. Disponível em https://www.asha.org/practice-portal/clinical-topics/articulation-and-phonology Acesso em 29/06/2023.

Auroux, S. (1998). La raison, le langage et les normes. Paris: PUF.

Benine, R. (2006). Dislalias e desvios fonológicos evolutivos. In: Lier-De-Vitto; Arantes, L. (Orgs.). Aquisição, patologias e clínica de linguagem. São Paulo: Cortês Editores, pp. 361-378.

Bernthal, J., Bankson, N.W., Flipsen, P. (2017). Articulation and Phonological Disorders. Boston: Pearson.

Bloch, E.L., Goodstein, L.D. (1971). Functional speech disorders and personality. Journal of Speech and Hearing Disorders, n. 3, pp. 295-314. https://doi.org/10.1044/jshd.3603.295

Bowen, C. (2015). Children’s speech sound disorder. 2ªed., Wiley Blackwell.

Bowen, C. & Cupples, L. (1998). A tested phonological therapy in practice. Child Language Teaching and Therapy, vol.14 (1), pp. 29-50. https://doi.org/10.1177/026565909801400102

Bowen, C. & Cupples, L. (1999). Parents and children together (PACT): a collaborative approach to phonological therapy. International Journal of Language & Communication Disorders, v. 34, n. 1, pp. 35-55. https://doi.org/10.1080/136828299247603

Bowen, C. & Cupples, L. (2006). PACT: Parents and children together in phonological therapy. Advances in speech language pathology, v. 8, n. 3, pp. 282-292. https://doi.org/10.1080/14417040600826980

Carrier, J.K. (1970). A program of articulation therapy administered by mothers. Journal of Speech and Hearing Disorders, 35.4, pp. 344-353. https://doi.org/10.1044/jshd.3504.344

Cervi, T., Keske-Soares, M. (2015). Implicações psíquicas no desvio fonológico analisadas por meio dos contos de fadas. Psicologia em estudo, vol.20 (2), pp. 213-224. https://doi.org/10.4025/psicolestud.v20i2.24978

Cervi, T., Keske-Soares, M., & Drügg, A. M. S. (2016). Implicações do discurso parental no desvio fonológico. Estudos de Psicologia, vol.33, pp. 689-697. https://doi.org/10.1590/1982-02752016000400012

Colin, R. (2004) Les formations archaïques d'idéal. Topique, nº 87 (2), pp.149-176. https://doi.org/10.3917/top.087.0149

Dodd, B. & Barker, R. (1990) The efficacy of utilizing parents and teachers as agents of therapy for children with phonological disorders, Austr. J. of Human Communication Disorders, vol. 18:1, pp. 29-45. https://doi.org/10.3109/asl2.1990.18.issue-1.03

Ertmer, D.J. & Ertmer, P.A. (1998). Constructivist strategies in phonological intervention: facilitating self-regulation for carryover. Language, Speech, and Hearing Services in Schools, vol. 29, pp. 67-75. https://doi.org/10.1044/0161-1461.2902.67

Fernandes, D. R., & Souto, B. G. A. (2021). Participação familiar no cuidado de crianças com transtorno fonológico. Audiology Communication Research, 26(1), pp. 1-10. https://doi.org/10.1590/2317-6431-2020-2415

Figueira, R. (2003). A aquisição do paradigma verbal do português: as múltiplas direções dos erros. In: Albano, E. et al. (orgs.). Saudades da Língua, São Paulo: Mercado das Letras, pp. 479-503.

Freud, S. (2010). Introdução ao narcisismo. In: Obras completas, vol.12, São Paulo: Companhia das Letras (original: 1914).

Freud, S. (2014). Conferências introdutórias à psicanálise. In: Obras completas, vol.13, São Paulo: Companhia das Letras (original: 1917).

Gardner, H. (1998). Social and cognitive competencies in learning: which is which? In: Hutchby, L. & Ellis, S. (eds.), Children and Social Competence, London: Falmer, pp. 12-137.

Gardner, H. (2006). Training others in the art of therapy for speech sound disorders: an interactional approach. Child Language Teaching and Therapy, vol.22(1), pp. 27-46. https://doi.org/10.1191/0265659006ct296oa

Kaplan, N.R. (1970). Mother-child interaction and its relationship to speech disorders, Journal of Communication Disorders, vol. 3, issue. 3, pp. 198-206. https://doi.org/10.1016/0021-9924(70)90016-X

Koegel, R.L. Koegel, L.K., Van Voy, K., Ingham, J.C. (1988). Within-clinic versus outside-of-clinic self-monitoring of articulation to promote generalization. Journal of Speech and Hearing Disorders, vol.53, pp. 392-399. https://doi.org/10.1044/jshd.5304.392

Lacan, J. (2003). Os complexos familiares na formação do indivíduo. In: Outros Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., pp. 29-90 (original: 1932).

Lacan, J. (1999). O seminário, livro V: As formações do inconsciente. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999 (original: 1958).

Lacan, J. (2005). O seminário, livro X: A angústia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., (original: 1963).

Lacan, J. (2003). Pequeno Discurso no ORTF. In: Outros escritos, Jorge Zahar Editor, pp. 226-234 (original: 1966).

Lacan, J. (1975). Kanzer Seminar (Yale University). Scilicet, n° 6/7, pp. 7-31.

Lacan, J. (2000). De James Joyce comme symptôme. Le croquant, n. 28 (original: 1976).

Lacan, J. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.

Lillywhite, H. (1948). Make mother a clinician. J. of Speech and Hearing Disorders, n. 13, pp.61-66. https://doi.org/10.1044/jshd.1301.61

Leite, N. (2000). Sobre a singularidade. Cadernos de Estudos Linguísticos, nº 38, pp. 39-49. https://doi.org/10.20396/cel.v38i0.8636957

Lemos, C. (2001), Sobre o estatuto linguístico e discursivo da narrativa. Linguística, vol. 13, pp. 23-59.

Lemos, C. (2002). Das vicissitudes da fala da criança e de sua investigação. Cadernos de Estudos Linguísticos, v. 42, pp. 41-70. https://doi.org/10.20396/cel.v42i0.8637140

Lemos, C. (2014). A criança e o linguista: modos de habitar a língua? Estudos Linguísticos, vol.43(2), pp. 954-964.

Mccroskey, R.L. & Baird, V.G. (1971). Parent education in a public-school program of speech therapy. Journal of Speech and Hearing Disorders, 1 nov., pp. 499-505. https://doi.org/10.1044/jshd.3604.499

Maldonade, I. (2019). Erros no processo de aquisição da linguagem e a (in)flexibilidade pragmática: uma reflexão interacionista. Lingüística, vol.35-2, pp. 85-103.

Milner, J-C. (2012). O amor da língua. Editora da Unicamp, (original: 1978).

Milner, J-C. (1989). Introduction à une science du langage, Paris: Seuil, 1989.

Moll, K.L., Darley, F.L. (1960). Attitudes of mothers of articulatory impaired and speech-retarded children. J. Speech Hearing Dis., 25, pp. 377-384. https://doi.org/10.1044/jshd.2504.377

Mota, H. Terapia fonoaudiológica para os desvios fonológicos. Rio de Janeiro: Revinter, 2001.

Pereira, A. S., Keske-Soares, M. (2009). Significação parental acerca do desvio fonológico. Psicologia em Estudo, vol.14(4), pp. 787-795.

Shriberg, L. D., & Kwiatkowski, J. (1990). Self-monitoring and generalization in preschool speech-delayed children. Language, Speech, and Hearing Services in Schools, vol.21, pp. 157-170. https://doi.org/10.1044/0161-1461.2103.157

Souza Jr., P. S. (2014). Miragens perimetrais: sobre o erro como limite. Ágora: estudos em teoria psicanalítica, 17(2), pp. 271-284. https://doi.org/10.1590/S1516-14982014000200008

Speicher, M.N. (1961). Parental behavior and attitudes toward children with articulation problems. The american catholic sociological review, vol. 22, n. 4, pp. 324-330. https://doi.org/10.2307/3708040

Sugden E, Baker E, Munro N, Williams AL. (2016). Involvement of parents in intervention for childhood speech sound disorders. International journal of language & Communication disorders, vol.51(6), pp. 597-625. https://doi.org/10.1111/1460-6984.12247

Sugden, E., Munro, N., Trivette, C.M., Baker, E., & Williams, A.L. (2019). Parents’ experiences of completing home practice for speech sound disorders. Journal of early intervention, 41(2), pp. 159-181. https://doi.org/10.1177/1053815119828409

Sugden, E., Baker, E., Williams, A.L., Munro, N., & Trivette, C.M. (2020). Evaluation of parent and speech language pathologist delivered multiple oppositions intervention for children with phonological impairment: a multiple-baseline design study. American journal of speech-language pathology, issue 1, pp. 111-126. https://doi.org/10.1044/2019_AJSLP-18-0248

Tufts, L.C., & Holliday, A.R. (1959). Effectiveness of trained parents as speech therapists. The Journal of speech and hearing disorders, n. 24, pp. 395-401. https://doi.org/10.1044/jshd.2404.395

Van Riper, C., Irwin, J.V. (1958). Voice and Articulation. Prentice-Hall: New Jersey.

Wood, K.S. (1946). Parental Maladjustment and Functional Articulatory Defects in Children. Journal of speech disorders, n. 11, pp. 255-275. https://doi.org/10.1044/jshd.1104.255

Wright, A.K. (1939). Effect of maternal attitudes on outcome of treatment of children's speech defects. Smith Coll. Stud. Soc. Work, n. 10.

Téléchargements

Publiée

2024-04-30

Comment citer

Dias, C. E. B., Cardoso, I. N., Vieira, S. K., Maron , W. M.-C., Berberian, A. P., & Freire, R. M. A. de C. (2024). Pour une implication de la famille dans la clinique des « troubles phonologiques ». Styles De La Clinique. Revue Sur Les Vicissitudes De l’enfance, 29(1), 103-118. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v29i1p103-118