A formação da "nação" brasileira no romance "Canaã" de Graça Aranha - O debate intelectual sobre a questão "nacional" na primeira república como substrato de uma ficção ideológica
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v0i17p113-136Resumo
Neste ensaio é examinado como no romance Canaã, de 1902, são tratadas e desenvolvidas as questões principais do debate contemporâneo sobre a formação da “Nação” brasileira. A interpretação baseia-se na análise das categorias chaves de cunho determinista, vigentes na época, como “raça” e “meio”. Chega-se à conclusão que Graça Aranha usa o romance como palco alegórico para a reflexão e o lançamento de idéias sobre a sociedade brasileira, incorporificados nos dois protagonistas alemães, tanto de teor consonante quanto de teor estritamente dissonante ao debate. Mostra-se que o autor não se mantém numa posição neutra e aproveita os discursos para uma crítica conceitual ao Nacionalismo, racismo e “cientificismo”, característicos de sua época – porém, ao mesmo tempo, sem conseguir se livrar plenamente dessas premissas. O romance promove, desta forma, apesar do final pessimista, a visão utópica de um Brasil como possível precursor na realização de uma idealizada nova sociedade humana, além das categorias e do princípio do “nacional”.Downloads
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