“Vovó não quer casca de coco no terreiro para não lembrar do tempo do cativeiro”. Memory and mediation in the umbanda terreiros

Authors

  • Claudia Antonangeli Università Ca’ Foscari

DOI:

https://doi.org/10.14201/reb20229206174

Keywords:

Slavery, memory, possession, mediation

Abstract

The reflections presented in this article intend to propose an ethnographic reading of the Afro-Brazilian cult of Umbanda, in its political aspect. During the religious ceremony, some adepts incorporate spiritual entities that refer to typical social figures of Brazilian history, such as caboclos and pretos velhos, who concern the extermination of Indians and the enslavement of Africans. The aim of the text is to show how, through the ritual moment of incorporation, the cult of umbanda works as a strategy of memory, staging aspects of Brazil’s colonial and slave past. In fact, the return of these spirits in the bodies of mediums links these bodies to the African matrix, regardless of the colour of the skin, thus creating new narratives that allow to overcome a stigmatising and racist conception of the person. Then the field of religiousness can be interpreted as an arena of identity negotiation, in which spiritual entities appear in the role of mediators.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

  • Claudia Antonangeli, Università Ca’ Foscari

    Master in Cultural Anthropology, Ethnology and Ethnolinguistics from Università Ca’ Foscari (Italy).

References

Anderson, B. (1996). Comunità immaginate. Origini e diffusione dei nazionalismi. Roma: Manifestolibri.

Bastide, R. (1971 [1960]). As religiões africanas no Brasil. São Paulo: Edusp.

Beneduce, R. (2002). Trance e possessione in Africa. Corpi, mimesi, storia. Torino: Bollati Boringhieri.

Brown, D. (1994 [1986]). Umbanda. Religion and politics in urban Brazil. Nova York: Columbia University Press.

Concone, M. H. V. B. (1973). Umbanda: uma religião brasileira. Tese de doutorado, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Concone, M. H. V. B. (2001). Caboclos e pretos-velhos da umbanda. In R. Prandi (Org.). Encantaria brasileira: o livro dos mestres, caboclos, encantados (pp. 281-303). Rio de Janeiro: Pallas.

Costa Macedo, A., & Bairrão, J. F. M. H. (2011). Estrela que vem Norte: os baianos na umbanda de São Paulo. Paidéia, 21(49), 207-216.

Da Matta, R. (1987). Relativizando: uma introdução à antropologia social. Rio de Janeiro: Rocco.

De Certeau, M. (2001). L’invenzione del quotidiano (M.Baccianini, Trad.). Roma: Edizioni Lavoro.

Dias, R. N., & Bairrão, J. F. M. H. (2011). Aquém e além do cativeiro dos conceitos: perspectivas do preto velho nos estudos afro-brasileiros. Memorandum, 20, 145-176.

Espírito Santo, D. (2016). Clothes for spirits: Opening and closing the cosmos in Brazilian Umbanda in HAU. Journal of Ethnographic Theoryk, 6(3), 85-106.

Gorender, J. (1990). A escravidão reabilitada. São Paulo: Ed. Ática.

Mattos, H.,& Abreu, M. (2007). Jongo, registros de uma história. In L. S. Hunold, & G. Pacheco. Memória do Jongo: as gravações históricas de Stanley J. Stein. Vassouras, 1949. Rio de Janeiro: Folha Seca, Campinas: CECULT.

Njegosh Petrovich, T., & Scacchi, A. (2012). Parlare di razza. La lingua del colore tra Italia e Stati Uniti. Verona: Ombre Corte.

Ortiz, R. (1991). A morte branca do feiticeiro negro. Umbanda e sociedade brasileira. São Paulo: Brasiliense.

Prandi, R. (1990). Modernidade com feitiçaria: candomblé e umbanda no Brasil do século XX. Tempo Social, 1, 49-74.

Prandi, R. (2012). Axé em movimento no mercado religioso: umbanda em declino, candomblé em ascensão. Anuac, 1(2), 97-109.

Prandi, R. (2017). A dança dos caboclos. Uma síntese do Brasil segundo os terreiros afro-brasileiros. Recuperado em 19 de maio de 2020, de https://reginaldoprandi.fflch.usp.br/sites/reginaldoprandi.fflch.usp.br/files/inline-files/A%20danca_dos_caboclos.pdf.

Rabelo, M. (2012). Construindo mediações nos circuitos religiosos afro-brasileiros. In C. A. Steil, & I. C. de Carvalho. Cultura, percepção e ambiente. Diálogos com Tim Ingold (pp. 103-119). São Paulo: Terceiro Nome.

Ribeiro Corossacz, V. (2005). Razzismo, meticciato, democrazia razziale. Le politiche della razza in Brasile. Soveria Mannelli (CZ): Rubbettino Editore.

Rotta, R. R., & Bairrão, J. F. M. H. (2012). Sentidos e alcance psicológicos de caboclos nas vivências umbandistas. Memorandum, 23, 120-132.

Santos, E. C. M. (1998). Preto Velho: as várias faces de um personagem religioso. Dissertação de mestrado, Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, SP, Brasil.

Souza, M. D. (2006). Pretos-velhos: oráculos, crença e magia entre os cariocas. Tese de doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Skidmore, T. (2010). Brazil. Five centuries of change. Nova York: Oxford University Press.

Published

2023-09-18

Issue

Section

General Section

How to Cite

“Vovó não quer casca de coco no terreiro para não lembrar do tempo do cativeiro”. Memory and mediation in the umbanda terreiros. (2023). Revista De Estudios Brasileños, 9(20), 61-74. https://doi.org/10.14201/reb20229206174