Inequality of gender and divorce judicial mediation

Authors

  • Larissa Fernanda Romão da Cunha Universidade de São Paulo. Faculdade de Direito

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-8235.v114p887-915

Keywords:

Gender Inequality, Mediation, Divorce, CEJUSC, Access to justice, Anthropology of Law

Abstract

The study presented is the result of an interdisciplinary research which seeks to see the Law and, mainly, the consensual conflict resolution methods, under anthropological and feminist lenses. The methodology used was qualitative. From an ethnographic perspective, and from the premise that today’s society has a patriarchal basis, I sought to investigate how gender inequality is absorbed in judicial divorce mediations/conciliations that occur in the Vergueiro CEJUSC. The hypothesis to be verified in the development of the research was that, due to the existing gender inequality and the informality inherent in the means of conciliation / mediation, gender stereotypes impact on the results. In order to do so, I initially sought to establish a connection between the importance of considering consensual conflict resolution methods, in view of the recent and notable mention of the topic in Brazilian laws, from a feminist perspective in order to enable a search for an access to effective justice. Then, through mainly transcripts of narratives consolidated in the Field Diary, as well as the Trina Grillo’s work, I analyzed the day-to-day of the CEJUSC of Vergueiro and mediation/conciliation sessions on divorce occurring in it.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

  • Larissa Fernanda Romão da Cunha, Universidade de São Paulo. Faculdade de Direito

    Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.

References

ASPERTI, Maria Cecília de Araujo. Acesso à justiça e estereótipos de gênero no judiciário: o caso propaganda “Musa do Verão 2006”. In: BERTOLIN, Patrícia Tuma Martins; ANDRADE, Denise Almeida de; MACHADO, Monica Sapucaia. (org.). Mulher, sociedade e vulnerabilidade. 1. ed. Erechim: Deviant, 2017. p. 99-118.

ASPERTI, Maria Cecília de Araujo. Meios consensuais de resolução de disputas repetitivas: a conciliação, a mediação e os grandes litigantes do judiciário. 2014. Dissertação (Mestrado em Direito Processual) – Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014.

BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução n. 125, de 29 de novembro de 2010. Brasília, DF, nov. 2010. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/images/stories/docs_cnj/resolucao/arquivo_integral_republicacao_resolucao_n_125.pdf. Acesso em: 5 fev. 2018.

BRASIL. Lei n. 11.698, de 13 de junho de 2008. Altera os arts. 1.583 e 1.584 da Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil, para instituir e disciplinar a guarda compartilhada. Portal do Planalto, Brasília, DF., jun. 2018. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11698.htm. Acesso em: 6 set. 2018.

BRASIL. Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Portal do Planalto, Brasília, DF., mar. 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 5 fev. 2018.

BRASIL. Lei n. 13.140, de 26 de junho de 2015. Dispõe sobre a mediação entre particulares como meio de solução de controvérsias e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da administração pública; altera a Lei n. 9.469, de 10 de julho de 1997, e o Decreto n. 70.235, de 6 de março de 1972; e revoga o § 2º do art. 6º da Lei n. 9.469, de 10 de julho de 1997. Portal do Planalto, Brasília, DF., jun. 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/L13140.htm. Acesso em: 5 fev. 2018.

CAPPELLETTI, Mauro. Os métodos alternativos de solução de conflitos no quadro do movimento universal de acesso à justiça. Revista de Processo, São Paulo, v. 19, n. 74, p. 82-97, abr./jun. 1994.

CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryant G. Acesso à justiça. Tradução e revisão Ellen Gracie Northfleet. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris, 1988.

CAVA, Anita. Taking judicial notice of sexual stereotyping. Arkansas Law Review, Fayetteville, v. 43, n. 1, p. 27-56, 1990.

CHIESA, Carolina Dalla; FANTINEL, Letícia Dias. “Quando eu vi, eu tinha feito uma etnografia”: notas sobre como não fazer uma “etnografia acidental”. In: ENCONTRO DE ESTUDOS ORGANIZACIONAIS DA ANPAD, 8., 2014, Gramado. Anais [...]. Gramado: [s. n.], 2014. p. 1-16. Disponível em: http://www.anpad.org.br/admin/pdf/2014_EnEO48.pdf. Acesso em: 6 abr. 2019.

COSTA, Susana Henriques da. Acesso à justiça: promessa ou realidade? Uma análise do litígio sobre creche e pré-escola no município de São Paulo. In: GRINOVER, Ada Pellegrini; WATANABE, Kazuo; COSTA, Susana Henriques da. (coord.). O processo para solução de conflitos de interesse público. Salvador: Juspodivm, 2017. p. 449-473.

DELPHY, Christine. Patriarcado (teorias do). In: HIRATA, Helena et al (org). Dicionário crítico do feminismo. São Paulo: Unesp, 2009.

ESTEREÓTIPO. In: MICHAELIS: dicionário brasileiro da língua brasileira. São Paulo: Melhoramentos. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/estere%C3%B3tipo/. Acesso em: 1 ago. 2018.

FELSTINER, William L. F.; ABEL Richard L.; SARAT, Austin. The emergence and transformation of disputes: naming, blaming, claiming… Law & Society Review, Malden, MA, v. 15, n. 3-4, p. 631-654, 1981.

FISS, Owen M. ADR: second-class justice? Connecticut Law Tribune, Fairfield, CT, v. 12, n. 11, p. 1-17, Mar. 1986.

FISS, Owen M. Um novo processo civil: estudos norte-americanos sobre jurisdição, constituição e sociedade. Coordenação da tradução Carlos Alberto de Salles; Tradução Daniel Porto Godinho da Silva e Melina de Medeiros Rós. São Paulo: RT, 2004. p. 121-145.

GABBAY, Daniela Monteiro; ASPERTI, Maria Cecília de Araújo; COSTA, Susana Henriques da. Are the haves getting even more ahead than ever? Reflections on the political choices concerning access to justice in Brazil in the search of a new agenda. FGV Direito SP Research Paper Series, São Paulo, n. 158, p. 1-23, jul. 2017. Disponível em: https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2998779. Acesso em: 6 fev. 2018.

GALANTER, Marc. Acesso à justiça em um mundo de capacidade social em expansão. Tradução: João Eberhardt Francisco, Maria Cecília de Araújo Asperti e Susana Henriques da Costa. Revista Brasileira de Sociologia do Direito, Porto Alegre, v. 2, n. 1, p. 37-49, jan./abr. 2015.

GALANTER, Marc. Por que “quem tem” sai na frente: especulações sobre os limites da transformação no direito. Organização e tradução, Ana Carolina Chasin. São Paulo: FGV Direito SP, 2018. Título original: Why The ‘Haves’ Come Out Ahead: Speculations on the Limits of Legal Change.

GOMES, Janaína Dantas Germano. Cartórios judiciais e o acesso à justiça: tensões e disputas. 2014. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014.

GRILLO, Trina. The mediation alternative: process dangers for women. Yale Law Journal, New Haven, v. 100, n. 6, p. 1.545-1.610, 1991.

GRINOVER, Ada Pelegrini. Os métodos consensuais de solução de conflitos no novo CPC. In: GRINOVER, Ada Pelegrini et al. O novo Código de processo civil: questões controvertidas. São Paulo: Atlas, 2015. p. 1-21.

GRINOVER, Ada Pellegrini; SADEK Maria Tereza; WATANABE Kazuo; GABBAY, Daniela Monteiro; CUNHA, Luciana Gross. Estudo qualitativo sobre boas práticas em mediação no Brasil. Brasília, DF: Ministério da Justiça, 2014. Disponível em: http://mediacao.fgv.br/wp-content/uploads/2015/11/Estudo-qualitativo-sobre-boas-praticas-em-mediacao-no-Brasil.pdf.

HILLESHEIM, Jaime. Conciliação trabalhista: ofensiva sobre os direitos dos trabalhadores na periferia do capitalismo. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2016.

HÜMMELGEN, Isabela; CANGUSSÚ, Kauan Juliano. Estereótipos de gênero no direito das famílias: um estudo da doutrina jurídica sobre alienação parental. In: ENCONTRO NACIONAL DE ANTROPOLOGIA DO DIREITO (ENADIR), 5., 2017, São Paulo. Anais [...]. Disponível em: http://www.enadir2017.sinteseeventos.com.br/simposio/view?ID_SIMPOSIO=28. Acesso em: 8 jul. 2018.

JUNQUEIRA, Eliane Botelho. Acesso à justiça: um olhar retrospectivo. Revista Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 9, n. 18, p. 389-402, jul./dez. 1996.

KANT DE LIMA, Roberto. Por uma antropologia do Direito no Brasil. In: FALCÃO, Joaquim de Arruda (org.). Pesquisa científica e direito. Recife: Massangana, 1983. p. 89-116.

KANT DE LIMA, Roberto; BAPTISTA, Bárbara Gomes Lupetti. O desafio de realizar pesquisa empírica no Direito: uma contribuição antropológica. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIÊNCIA POLITICA, 7., 2010, Recife. Anais [...]. Recife: ABCP, [2010?].

LEE, Joel. The evolving “A” in ADR. Kluwer mediation blog, [s. l.], Mar. 2012. Disponível em: http://mediationblog.kluwerarbitration.com/2012/03/14/the-evolving-a-in-adr/. Acesso em: 8 maio 2018.

LIMA, Juliana Domingos de. O que é ‘trabalho emocional’. E como ele sobrecarrega as mulheres. Nexo Jornal, São Paulo, maio 2018. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/05/01/O-que-é-‘trabalho-emocional’.-E-como-ele-sobrecarrega-as-mulheres?utm_campaign=Echobox&utm_medium=Social&utm_source=Facebook#link_time=1525214735. Acesso em: 21 maio 2018.

MELLO, Kátia Sento Sé; BAPTISTA, Bárbara Gomes Lupetti. Mediação e conciliação no judiciário: dilemas e significados. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, p. 97-122, mar. 2011. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/dilemas/article/view/7208/5801. Acesso em: 2 fev. 2018.

MENDES, Aluisio Gonçalves de Castro; SILVA, Larissa Clare Pochmann da. Acesso à justiça: uma releitura da obra de Mauro Cappelletti e Bryant Garth, a partir do Brasil, após 40 anos. Revista Quaestio Iuris, Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, p. 1.827-1.858, 2015. Disponível em: http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/quaestioiuris/article/view/19385. Acesso em: 6 fev. 2018.

MENKEL-MEADOW, Carrie. Dispute resolution: the periphery becomes the core. Judicature, California, v. 69, n. 5, p. 300-304, Feb./Mar. 1986.

MENKEL-MEADOW, Carrie. Ethics in alternative dispute resolution: new issues, no answers from the adversary conception of lawyers’ responsibilities. South Texas Law Review, Houston, v. 38, n. 2, p. 407-454, May 1997. Disponível em: https://scholarship.law.georgetown.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=2758&context=facpub. Acesso em: 26 mar. 2018.

MENKEL-MEADOW, Carrie. The limits of adversarial ethics. In: RHODE, Deborah L. (ed.) Ethics in practice: lawyers’ roles, responsibilities, and regulation. Oxford, NY: Oxford University Press, 2000. p. 123-144.

NAVES, Márcio Bilharinho. Prefácio à edição brasileira. In: PACHUKANIS, Evgeni. A teoria geral do direito e o marxismo e ensaios escolhidos (1921 - 1929). Tradução de Lucas Simone. São Paulo: Sundermann, 2017.

OSTIA, Paulo Henrique Raiol. Conciliação e acesso à justiça: um estudo qualitativo dos centros judiciários de solução de conflitos e cidadania. 2018. Tese (Doutorado) – Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018.

PANDJIARJIAN, V. Os estereótipos de gênero nos processos judiciais e a violência contra a mulher na legislação. [S. l.: s. n.], [2003?]. Disponível em: http://www.tjmt.jus.br/INTRANET.ARQ/CMS/GrupoPaginas/59/459/file/estereotipos_Genero_Valeria_Pandjiarjian.doc. Acesso em: 01/09/2018

PERET, Eduardo. Mulher estuda mais, trabalha mais e ganha menos do que o homem. Agência IBGE Notícias, Brasília, mar. 2018. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/20234-mulher-estuda-mais-trabalha-mais-e-ganha-menos-do-que-o-homem.html. Acesso em: 14 jul. 2018.

QUIVY, Raymond; CAMPENHOUDT, Luc Van. Manual de Investigação em ciências sociais. 4. ed. Lisboa: Gradiva, 2005.

REISMAN, William Michael. Looking, staring and glaring: microlegal systems and public order. Denver Journal of International Law & Policy, Denver, v. 12, n. 2-3, p. 165-182, 1983. Disponível em: https://digitalcommons.law.yale.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1725&context=fss_papers.

SAFFIOTI, Heleieth. A mulher na sociedade de classe: mito e realidade. 3. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2013.

SÃO PAULO (Estado). Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania. Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos. Apostila de procedimentos e sistema SAJ: curso prático.Versão jan./2017. São Paulo: CEJUSC, 2017. Disponível em: http://www.tjsp.jus.br/Download/Conciliacao/Nucleo/ApostilaCEJUSC-NPMCSC.pdf. Acesso em: 14 set. 2018.

SUPREMA Corte dos EUA aprova o casamento gay em todo o país. G1, São Paulo, jun. 2015. Disponível em: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/06/suprema-corte-dos-eua-aprova-o-casamento-gay-nacionalmente.html. Acesso em: 23 maio 2018.

TARTUCE, Fernanda. Mediação no novo CPC: questionamentos reflexivos. In: FREIRE, Alexadre et al. (org.). Novas tendências do processo civil: estudos sobre o projeto do novo Código de Processo Civil. Slavador: Juspodivm, 2014. Disponível em: http://www.fernandatartuce.com.br/wp-content/uploads/2016/02/Media%C3%A7%C3%A3o-no-novo-CPC-Tartuce.pdf. Acesso em: 11 ago. 2018.

Published

2019-10-26

Issue

Section

Undergraduate dissertations

How to Cite

Inequality of gender and divorce judicial mediation. (2019). Revista Da Faculdade De Direito, Universidade De São Paulo, 114, 887-915. https://doi.org/10.11606/issn.2318-8235.v114p887-915