The State and the "PCC" weaving the web of arbitrary power in prisons

Authors

  • Camila Caldeira Nunes Dias Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-20702011000200009

Keywords:

Prisons, PCC, Arbitrariness, Power

Abstract

The purpose of this text is to discuss the regulation of daily life in prison, where illegal punishments form a micro-level extralegal system of penalizations that founds social relations in prisons. In the last few decades, these establishments in São Paulo state have witnessed the expansion of an inmates organization (the 'PCC') which acts as an instance of conflict management and whose control is based on a discourse of prisoners uniting against a common enemy, the State. In response, the State uses administrative and extralegal punitive mechanisms, which contravene constitutional principles and reinforce the feeling of injustice that provides the base on which the PCC's power rests. The arbitrary practices of the State and the PCC constitute a power network that ensnares everyone sentenced to imprisonment

Downloads

Download data is not yet available.

References

Amorim, Carlos. (2005), CV-PCC: a irmandade do crime. Rio de Janeiro/São Paulo, Record.

Bauman, Zygmunt. (1999), Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro, Jorge Zahar.

Biondi, Karina. (2010), Junto e misturado: uma etnografia do PCC. São Paulo, Terceiro Nome.

Caldeira, Teresa Pires do Rio. (2000), Cidade de muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo. São Paulo, Editora 34/Edusp.

Caros Amigos. (2006), PCC. São Paulo, Casa Amarela.

Carvalho, Salo de & Freire, Christiane Russomano. (2005), “O regime disciplinar diferenciado: notas críticas à reforma do sistema punitivo brasileiro”. Revista Transdisciplinar de Ciências Penitenciárias, Pelotas, 4 (1): 7-26, dez.

Coelho, Edmundo Campos. (2005), A oficina do diabo e outros estudos sobre criminalidade. 1ª edição 1987. Rio de Janeiro, Record.

Dias, Camila Caldeira Nunes. (2011), Da pulverização ao monopólio da violência: expansão e consolidação do Primeiro Comando da Capital (PCC) no sistema carcerário paulista. São Paulo, 386 pp. Tese de doutorado. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

. (2009a), “Ocupando as brechas do direito formal: o PCC como instância alternativa de resolução de conflitos”. Dilemas, Rio de Janeiro, 4 (2): 83-105, abr.-jun.

. (2009b), “Efeitos simbólicos e práticos do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) na dinâmica prisional”. Revista Brasileira de Segurança Pública. São Paulo, ano 3: 128-144, ago.-set.

. (2009c), “Da guerra à gestão: trajetória do Primeiro Comando da Capital (PCC) nas prisões de São Paulo”. Revista Percurso, Curitiba, 10 (2): 79-96, jul.-dez.

. (2009d), “O Estado vendeu o preso e o PCC o comprou: consolidação do PCC no sistema carcerário paulista”. Disponível em <http://www.sbs2009.sbsociologia.com.br>, consultado em 1/11/2009.

. (2008), A igreja como refúgio e a Bíblia como esconderijo: religião e violência na prisão. São Paulo, Humanitas.

Feltran, Gabriel de Santis. (2010), “Crime e castigo na cidade: os repertórios da justiça e a questão do homicídio nas periferias de São Paulo”. Caderno CRH, Salvador, 23: 59-74, mai.-ago.

. (2009) “Notes sur les ‘débats’ du ‘monde du crime’”. In: Cabanes, Robert & Georges, Isabel (éds.). São Paulo: la ville d’en bas. Paris, L’Harmattan, pp. 183-192.

Fischer, Rosa Maria. (1989), Poder e cultura em organizações penitenciárias. São Paulo, tese de livre-docência, Faculdade de Economia e Administração da USP.

Foucault, Michel. (2000a), Vigiar e punir: história da violência nas prisões. Petrópolis, Vozes.

. (2000b), Microfísica do poder. Rio de Janeiro, Graal.

. (2003), Estratégia, poder-saber. Rio de Janeiro, Forense Universitária.

Garland, David. (1999), “As contradições da sociedade punitiva: o caso britânico”. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, 13: 59-80, nov.

. (2001), The culture of control: crime and social order in contemporary society. Chicago, The University of Chicago Press.

Goffman, Erving. (2001), Manicômios, prisões e conventos. São Paulo, Perspectiva.

Gomes, Luís Flávio. (2006), “RDD e regime de segurança máxima”. Disponível em <http://jus.com.br/revista/texto/9061>, consultado em 17/10/2011.

Jozino, Josmar. (2005), Cobras e lagartos: a vida íntima e perversa nas prisões brasileiras. Quem manda e quem obedece no partido do crime. Rio de Janeiro, Objetiva.

King, Roy & McDermott, Kathkeen. (1990), “My geranium is subversive: some notes on the management of trouble in prisons”. British Journal of Sociology. Londres, 41 (4): 445-471, dez.

Liebling, Alison. (2000), “Prison officers, policing and the use of discretion”. Theoretical Criminology, 3 (4): 333-357, ago.

Lima. William da Silva. (2001), Quatrocentos contra um: uma história do Comando Vermelho. São Paulo, Labortexto.

Machado, Roberto. (2000), “Introdução: por uma genealogia do poder”. In: Foucault, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro, Graal, pp. VII-XXIII.

Marques, Adauto. (2010), Crime, proceder, convívio-seguro: um experimento antropológico a partir da relação entre ladrões. São Paulo, dissertação de mestrado. Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

. (2007), “Dar um psicológico”: estratégias de produção de verdade no tribunal do crime”. VII Reunião de Antropologia do Mercosul: Desafios Antropológicos, Porto Alegre (CD-Rom, v. 1).

Mingardi, Guaracy. (2007), “O trabalho da inteligência no controle do Crime Organizado”. Estudos Avançados, 61 (21): 51-69, set.-out.

Misse, Michel. (2007), “Mercados ilegais, redes de proteção e organização local do crime no Rio de Janeiro”. Estudos Avançados, 61(21), pp. 139-157, set.-out.

. (1997), “As ligações perigosas: mercado informal ilegal, narcotráfico e violência no Rio”. Contemporaneidade e Educação, 2 (1): 93-116, mar.

Ramalho, José Ricardo. (2002), O mundo do crime: a ordem pelo avesso. 1ª edição 1979. São Paulo, IBCCRIM.

Salla, Fernando. (2006), “As rebeliões nas prisões: novos significados a partir da experiência brasileira”. Sociologias, 16: 274-307, jul.-dez.

. (2003), “Os impasses da democracia brasileira; o balanço de uma década de políticas para as prisões no Brasil”. Lusotopie, 10: 419-435.

Souza, Fátima. (2007), PCC: a facção. Rio de Janeiro/São Paulo, Record.

Souza, Percival de. (2006), O sindicato do crime: PCC e outros grupos. Rio de Janeiro, Ediouro.

Sykes, Gresham. (1974), The society of captives: a study of a maximum security prison. New Jersey, Princeton University Press.

Teixeira, Alessandra. (2006), Do sujeito de direito ao estado de exceção: o percurso contemporâneo do sistema penitenciário brasileiro. São Paulo, dissertação de mestrado. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

Zaluar, Alba. (2004), Integração perversa: pobreza e tráfico de drogas. Rio de Janeiro, Editora da FGV.

Published

2011-11-01

Issue

Section

Articles

How to Cite

Dias, C. C. N. (2011). The State and the "PCC" weaving the web of arbitrary power in prisons . Tempo Social, 23(2), 213-233. https://doi.org/10.1590/S0103-20702011000200009