Socio-state interactions: epistemological aspects and contributions from the Strategic-Relational Approach and the Polis Perspective

Authors

DOI:

https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2023.206694

Keywords:

Socio-stateinteractions, Post-foundationalism, Contingence, Relationality, Mutua constitution

Abstract

Recently, there has been observed the sedimentation of a new research  agenda in Brazil focused on the relations between the State and civil society. Against essentialists,  bordering and contextualis readings,  this approach, named socio-state  interactions, has been assuming as an
ontoepistemological perspective the argument that socio and institutional spheres are phenomena that  constitutes themselves mutually.  Incorporating itself within this agenda, the objective is to make progress in  the perceived epistemological  foundations underlying the arguments of this approach, emphasizing post-foundationalism, contingency, and highlighting its relational nature. Seeking new contributions, these  objectives are explored through the discussion of two distinct intellectual traditions, the Strategic-Relational Approach and the Polis Perspective. We conclude that when examined through these epistemological  foundations, both approaches complement each other and provide essential elements for considering a perspective of mutual constitution.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

  • Marcelo de Souza Marques, Universidade Federal do Espírito Santo

    Doutor em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Pesquisador de pós-doutoramento com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), sob supervisão da doutora Euzeneia Carlos. Vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Espírito Santo (PPGS/UFES). Integrante do Núcleo Participação e Democracia (Nupad/UFES).

References

Abers, Rebecca N.; Serafim, Lizandra & Tatagiba, Luciana. (2014),“Repertórios de interação

estado-sociedade em um estado heterogêneo: A experiência na Era Lula”. Dados, Rio de Janeiro, 57 (2): 325-57.

Abers, Rebecca N.; Silva, Marcelo K. & Tatagiba, Luciana. (2018), “Movimentos sociais e políticas públicas: repensando atores e oportunidades políticas”. Lua Nova, São Paulo, 105: 15-46.

Abers, Rebecca N. & Von Bülow, Marisa. (2011), “Movimentos sociais na teoria e na prática: como estudar o ativismo através da fronteira entre Estado e sociedade?”. Sociologias, Porto Alegre, 13: 52-84.

Bertramsen, René B. (1991), “From the capitalist state to the political economy”. In: Bertramsen, René B.; Thomsen, Jens P. F. & Torfing, Jacob (orgs.). State, economy and society. Londres, Unwin Hyman, pp. 94-145.

Burgos, Raul. (2015), “Sem glória, mas com certa pena: mais uma vez sobre o conceito de sociedade civil no Brasil”. In: Sheherer-Warren, I. & Lüchmann, L. H. H. (orgs.). Movimentos sociais e engajamento político: trajetórias e tendências analíticas. Florianópolis, Editora da UFSC, pp. 161-233.

Carlos, Euzeneia. (2019), “A construção de encaixes institucionais e domínio de agência no movimento popular urbano: mecanismos e configurações”. In: Gurza Lavalle, A.; Carlos, E.; Dowbor, M. & Szwako, J. Movimentos sociais e institucionalização: políticas sociais, raça e gênero no Brasil pós-transição. Rio de Janeiro, Eduerj, pp. 165-209.

Carlos, Euzeneia. (2015), Movimentos sociais e instituições participativas: efeitos do engajamento institucional no contexto pós-transição. Belo Horizonte, Fino Traço.

Carlos, Euzeneia. (2021), “Movimentos sociais e políticas públicas: consequências na política nacional de direitos humanos”. Dados, 64 (4): 1-41.

Carlos, Euzeneia; Dowbor, Monika & Albuquerque, Maria do Carmo. (2017), “Movimentos sociais e seus efeitos nas políticas públicas: balanço do debate e proposições analíticas”. Civitas, Porto Alegre, 17 (2): 360-378.

Cohen, Joshua & Rogers, Joel. (1995), “Secondary associations and democratic governance”. In: Wright, Erik Olin (ed.). Associations and democracy. The real utopias project, vol. i. Londres, Verso, pp. 7-98.

Derrida, Jacques. (2002), A escritura e a diferença. 3 ed. São Paulo, Perspectiva.

Evans, Peter B.; Rueschemeyer, Dietrich & Skocpol, Theda (orgs.). (1985), Bringing the State Back In. Cambridge, Cambridge University Press.

Graeff, Caroline B.; Nascimento, Kamila & Marques, Marcelo de S. (2019), “A crítica pós-fundacionalista: um debate em construção”. Norus, Pelotas, 7 (11): 580-599.

Gurza Lavalle, Adrian. (1999), “Crítica ao modelo da nova sociedade civil”. Lua Nova, São Paulo, 47: 121-135.

Gurza Lavalle, Adrian. (2011), O estatuto político da sociedade civil: evidências da cidade do México e de São Paulo. Brasília, df, Cepal. Escritório no Brasil/Ipea (Textos para Discussão Cepal-Ipea, 28).

Gurza Lavalle, Adrian. (2003), “Sem pena nem glória: o debate sobre a sociedade civil nos anos 1990”. Novos Estudos, São Paulo, 66: 91-110.

Gurza Lavalle, Adrian & Szwako, José. (2015), “Sociedade civil, Estado e autonomia: argumentos, contra-argumentos e avanços no debate”. Opinião Pública, Campinas, 21 (1): 157-187.

Gurza Lavalle, Adrian; Houtzager, Peter P. & Castello, Graziela. (2011), “A construção política das sociedades civis”. In: Gurza Lavalle, Adrian (org.). O horizonte da política: questões emergentes e agendas de pesquisa. São Paulo, Editora Unesp, pp. 185-236.

Gurza Lavalle, Adrian; Carlos, Euzeneia; Dowbor, Monika & Szwako, José. (2019),“Movimentos sociais, institucionalização e domínios de agência”. In: Gurza Lavalle, A.; Carlos, E.; Dowbor, M. & Szwako, J. (orgs.). Movimentos sociais e institucionalização: políticas sociais, raça e gênero no Brasil pós-transição. Rio de Janeiro, Eduerj, pp. 21-86.

Houtzager, Peter P. (2004), Os últimos cidadãos. Conflito e modernização no Brasil rural (1964-1995). São Paulo, Globo.

Houtzager, Peter P.; Gurza Lavalle, Adrian & Acharya, Arnab. (2004), “Atores da sociedade civil e atores políticos: participação nas novas políticas democráticas em São Paulo”. In: Avritzer, Leonardo (org.). Participação em São Paulo. São Paulo, Unesp, pp. 257-322.

Jessop, Bob. (2005), “Critical realism and the strategic-relational approach”. New Formations, 56: 40-53.

Jessop, Bob. (2017), El Estado. Passado, presente, futuro. Madri, Catarata.

Jessop, Bob. (1991), “Foreword: On articulate articulation”. In: Bertramsen, René B.; Thomsen, Jens P. F. & Torfing, Jacob (orgs.). State, economy and society. Londres, Unwin Hyman, pp. xii-xxxiv.

Jessop, Bob. (2008), State power. A strategic-relational approach. Cambridge, Polity Press.

Jessop, Bob. (1982), The capitalist State: Marxist theories and methods. Oxford, Martin Robertson & Company.

Jessop, Bob. (2009), “The State and power”. In: Clegg, Stewart R. & Hougaard, Mark (orgs.). The sage handbook of power. Los Angeles; Londres; Nova Delhi; Cingapura e Washington, Sage, pp. 367-382.

Laclau, Ernesto. (2000), Nuevas reflexiones sobre la revolución de nuestro tiempo. 2 ed. Buenos Aires, Nueva Visión.

Lefort, Claude. (1988), Democracy and political theory. Cambridge, Polity Press.

Mahoney, James & Thelen, Kathleen. (2010), “A theory of gradual institutional change”. In: Mahoney, James & Thelen, Kathleen (orgs.). Explaining institutional change: ambiguity, agency and power. Cambridge, Cambridge University Press, pp. 1-37.

Mann, Michael. ([1984] 1992), “O poder autônomo do Estado: Suas origens, mecanismos e resultados”. In: Hall, John. O Estado na história. Rio de Janeiro, Imago, pp. 163-204.

Marchart, Oliver. (2009), El pensamiento político postfundacional. La diferencia política en Nancy, Lefort, Badiou y Laclau. Buenos Aires, Fondo de Cultura Económica.

Marques, Marcelo de S. (2023a), “Interações socioestatais: mútua constituição entre a sociedade civil e a esfera estatal”. Opinião Pública [no prelo].

Marques, Marcelo de S. (2022), Interações socioestatais: mútua constituição entre os Coletivos Culturais e o Estado no Espírito Santo. 361f. Porto Alegre, tese de doutorado em Sociologia, Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Marques, Marcelo de S. (2023b), “O Estado como uma relação social: consequências teórico analíticas da (re)leitura relacional”. Sociedade & Estado [no prelo].

Marques, Marcelo de S. (2020), “Status ontológico da Teoria do Discurso (TD) em Laclau e Mouffe: diálogos, perspectivas teóricas e conceitos básicos”. Dados, Rio de Janeiro, 63 (2): 1-33.

Mendonça, Daniel & Rodrigues, Léo P. (2014), “Do estruturalismo ao pós-estruturalismo: entre fundamentar e desfundamentar”. In: Mendonça, Daniel & Rodrigues, Léo P. (orgs.). Pós-estruturalismo e teoria do discurso: em torno de Ernesto Laclau. 2 ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, pp. 27-45.

Mendonça, Daniel; Linhares, Bianca de Freitas & Barros, Sebastián. (2016), “O fundamento como ‘fundamento ausente’ nas ciências sociais: Heidegger, Derrida e Laclau”. Sociologias, Porto Alegre, 18 (41).

Mouffe, Chantal. (2015), Sobre o político. São Paulo, wmf Martins Fontes.

Popper, Karl R. (2013), A lógica da pesquisa científica. São Paulo, Cultrix.

Poulantzas, Nicos. ([1978] 2015), O Estado, o poder, o socialismo. São Paulo, Paz & Terra.

Sanches, Beatriz R.; Rodrigues, Fernando P. & Braga, Victoria L. (2022), Falando de institucionalização e movimentos sociais: usos, vantagens e limites da abordagem de encaixes

institucionais e domínios de agência. Entrevista de Adrian Gurza Lavalle, Euzeneia Carlos, José Szwako e Monika Dowbor. Política & Sociedade, Florianópolis, 12, (51): 270-296.

Silva, Marcelo K. (2006), “Sociedade civil e construção democrática: do maniqueísmo essencialista à abordagem relacional”. Sociologias, Porto Alegre, 8 (16): 156-178.

Skocpol, Theda. (2008), “Bringing the State Back In: Retrospect and prospect”. Scandinavian Political Studies, 31 (2): 109-124.

Skocpol, Theda. (1985), “Bringing the State Back In: Strategies of analysis in current research”. In: Evans, Peter B.; Rueschemeyer, Dietrich & Skocpol, Theda (orgs.). Bringing the State Back In. Cambridge, Cambridge University Press, pp. 3-43.

Skocpol, Theda. ([1979]1984), Los Estados y las revoluciones sociales. Un análisis comparativo de Francia, Rusia y China. México, DF, Fondo de Cultura Económica.

Skocpol, Theda. (1996), Los origenes de la politica social en los Estados Unidos. Madri, Ministerio de Trabajo y Asuntos Sociales.

Skocpol, Theda; Ganz, Marshall & Munson, Zaid. (2000), “A Nation of Organizers: The Institutional Origins of Civic Voluntarism in the United States”. American Political Science Review, 94 (3): 527-546, 2000.

Soares Filho, M. F. V. (2023), “Estado e sociedade no Brasil. A tese da mútua constituição e as políticas públicas”. Novos Estudos Cebrap, São Paulo, 42 (1): 143-160.

Szwako, José & Gurza Lavalle, Adrian. (2019), “Seeing like a social movement: Institucionalização simbólica e capacidades estatais cognitivas”. Novos Estudos Cebrap, 38 (2): 411-434.

Tatagiba, Luciana & Teixeira, Ana C. C. (orgs.). (2021), Movimentos sociais e políticas públicas. São Paulo, Editora Unesp.

Published

2023-08-15

Issue

Section

Articles

How to Cite

Marques, M. de S. (2023). Socio-state interactions: epistemological aspects and contributions from the Strategic-Relational Approach and the Polis Perspective. Tempo Social, 35(2), 157-188. https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2023.206694