Preconceito de marca etnografia e relações raciais

Autori

  • Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Filosofia e Ciências Sociais. Departamento de Antropologia Cultural

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-20701999000100005

Parole chiave:

racismo, preconceito de marca, etnografia, sistema cultural, Oracy Nogueira, Donald Pierson, Escola Livre de Sociologia e Política

Abstract

Este artigo analisa a noção de preconceito de marca proposta por Oracy Nogueira para a compreensão do racismo brasileiro. É, ao mesmo tempo uma forma de classificação social baseada na aparência racial e uma forma de discriminação na qual o sistema social pretere a população de cor, ao invés de excluí-la e concebê-la como um grupo em separado. Esse tipo de preconceito racial é contraposto ao preconceito de origem, característico do racismo desenvolvido pela sociedade norte-americana. O artigo examina o contexto intelectual de produção dessa noção, chamando atenção para a importante presença da tradição etnográfica, de cunho antropológico, na formação em ciências sociais propiciada pela Escola Livre de Sociologia e Política (São Paulo) nas décadas de 1940-1950. Enfatiza também a originalidade e atualidade dessa noção, que sugere a visão do racismo como um sistema cultural.

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Pubblicato

1999-05-01

Fascicolo

Sezione

Dossiê das Relações Sociais

Come citare

Cavalcanti, M. L. V. de C. (1999). Preconceito de marca etnografia e relações raciais . Tempo Social, 11(1), 97-110. https://doi.org/10.1590/S0103-20701999000100005