Urbanidades invisíveis
DOI:
https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2019.151257Parole chiave:
Cidade, Invisibilidade, Informalidade urbana, Aceleracionismo urbanoAbstract
Apesar da apregoada visibilidade da cidade, a condição urbana encontra-se sujeita a níveis diferenciados de transparência. Muitas situações de invisibilidade e encobrimentos referem-se à informalidade do cotidiano, em especial nas margens e periferias da urbanidade. Ensaístico, o presente texto questiona a responsabilidade dos “fazedores” de cidade – arquitetos, urbanistas e decisores – no desprezo pelo lado informal de muitos espaços urbanos e da sua vida social. Há como planejar o informal da cidade? A possibilidade de uma cidade justa e aberta está condicionada, portanto, pela disponibilidade destes atores para uma abordagem mais próxima da realidade complexa que a sociologia e as ciências sociais vêm há muito a revelar e a tornar visível.
Downloads
Riferimenti bibliografici
Amin, Ash & Graham, Stephen. (1997), “The ordinary city”. Transactions of the Institute of British Geographers, 22 (4): 411-429.
Amin, Ash & Thrift, Nigel. (2017), Seeing like a city. Londres, Polity.
Appadurai, Arjun. (2002), “Deep democracy: urban governmentality and the horizon of politics”. Public Culture, 14(1): 1-47.
Aubert, Nicole & Haroche, Claudine (orgs.). (2011), Les tyrannies de la visibilité. Être visible pour exister? Paris, Éitionsèrés.
Benjamin, Walter. (2009), Passagens. Org. Willi Bolle. Belo Horizonte/São Paulo, ufmg/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.
Benjamin, Walter & Lacis, Asja. (1978), “Naples”. In: Benjamin, Walter. Reflections: essays, aphorisms, autobiographical writings. Org. Peter Demetz. Nova York/Londres, Harcourt Brace Jovanovich, pp. 163-173.
Bishop, Ryan, Phillips, John & Yeo, Wey Wey (orgs.). (2003), Poscolonial urbanism: Southeastern Asian cities and global processes. Londres/Nova York, Routledge.
Cacciari, Massimo. (2010), La ciudad. Barcelona, Gustavo Gili.
Carta, Maurizio. (2007), Creative city: dynamics, innovations and actions. Barcelona, List.
De Certeau, Michel. (1994), “Caminhadas pela Cidade”. In: De Certeau, Michel. A invenção do cotidiano. Vol. 1: Artes de fazer. Petrópolis, Vozes. pp. 157-177.
Diller, Elizabeth. (2018), “Contra o statu quo em arquitectura”. Ípsilon, 9 mar., pp. 4-9 (entrevista a Isabel Salema).
Fainstein, Susan. (2010), The just city. Ithaca, Cornell University Press.
Fernandes, Ana. (2006), “Cidades e cultura: Rompimento e promessa”. In: Jeudy, Henri-Pierre & Jacques, Paola Berenstein (orgs.), Corpos e cenários urbanos. Salvador, edufba, pp. 51-64.
Florida, Richard. (2002), The rise of the creative class. Nova York, Basic Books.
Fortuna, Carlos. (2016), “Velhas, novas e novíssimas narrativas do mundo urbano”. In: Amaro, António; Garrido, Álvaro & Nunes, João (orgs.), Interdisciplinariedade e universidade. Coimbra, Imprensa da Universidade, pp. 95-109.
Fortuna, Carlos. (2018), “Caminhar urbano e vivências imprevistas”. Revista Brasileira de Sociologia, 13 (6): 136-154.
Frehse, Fraya. (2017), “Da cidade ao corpo e vice-versa: Tempos e espaços”. Concurso de Livre-Docência. São Paulo, usp. (mimeo).
Hall, Suzanne. (2012), City, street and citizen. The measure of the ordinary. Londres/Nova York, Routledge.
Jacobs, Jane. (2000), The death and life of great American cities. Londres, Pimlico.
Jankélévitch, Valdimir. (1974), L’irréversible et la nostalgie. Paris, Flammarion.
Latour, Bruno & Hermant, Emilie. (1998), Paris ville invisible. Paris, La Découverte.
Lefebvre, Henri. (1980), La présence et l’absence. Paris, Casterman.
Lefebvre, Henri. (1991), The production of space. Oxford, Blackwell.
Leite, Rogerio Proença. (2004), Contra-usos da cidade: lugares e espaço público na experiência urbana contemporânea. Campinas/Aracaju, Editora da Unicamp/Editora da ufs.
Leroi-Gourhan, André. (1964), Le geste et la parole. Paris, Bibliothèque Albin Michel, 2 vols.
Lofland, Lyn. (1998), The public realm: exploring the city’s quintessential social territory. Nova York, Aldine de Gruyter.
Margali, Avishai. (1996), The decent society. Cambridge (Mass.), Harvard University Press.
Minton, Anna. (2009), Ground control: Fear and happiness in the twenty-first century city. Londres, Penguin Books.
Oldenburg, Ray. (1989), The great good place. Cambridge, Da Capo Press.
Pechman, Robert. (2014), “Desconstruindo a cidade. Cenários para a nova literatura urbana”. In: Kuster, Eliana & Pechman, Robert. O chamado da cidade: ensaios sobre a urbanidade. Belo Horizonte, Editora da ufmg, pp. 89-102.
Ricoeur, Paul. (1991), Temps et récit. Paris, Seuil, 3 vols.
Robinson, Jennifer. (2006), Ordinary cities: between modernity and development. Londres/Nova York, Routledge.
Roy, Ananya. (2009), “Strangely familiar: planning and the worlds of insurgence and informality”. Planning Theory, 1 (8): 1-11.
Santos, Boaventura Sousa (2010), A gramática do tempo: para uma nova cultura política. Porto, Afrontamento.
Seabrook, Jeremy. (1996), The cities of the south: Scenes from a developing world. Londres, Verso.
Seabrook, Jeremy. (2007), Cities. Ann Arbor, Pluto Press.
Sennett, Richard. (2108), Construir e habitar: ética para uma cidade aberta. Rio de Janeiro, Record.
Simone, Abdou Maliq. (2011), “The surfacing of urban life”. City, 3-4 (15): 355-64.
Sudjic, Deyan. (2017), The language of cities. Milton Keynes, Penguin Books.
Tonkiss, Fran. (2013), Cities by design: the social life of urban form. Cambridge, Polity.
Towsend, Anthony M. (2014), Smart cities: big data, civic hackers, and the quest for a new utopia. Nova York, Norton.
Wacquant, Loïc. (2008), As duas faces do gueto. São Paulo, Boitempo.
Watson, Sophie. (2006), City publics: the (dis)enchantments of urban encounters. Londres, Routledge.
Zukin, Sharon. (2010), Naked city: the death and life of authentic urban places. Oxford, Oxford University Press.
Dowloads
Pubblicato
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2019 Tempo Social
Questo volume è pubblicato con la licenza Creative Commons Attribuzione - Non commerciale 4.0 Internazionale.