Imagens, inteligência artificial e a incontornabilidade da metacrítica

Autores

  • Felipe Muanis Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2023.210891

Palavras-chave:

Imagem digital, Referente, Inteligência artificial, Mundo virtual, Metacrítica

Resumo

Este texto discute a imagem digital e evidencia como a inteligência artificial contemporânea, ao quebrar o referente real da imagem técnica, oferece uma mudança de paradigma para a representação imagética. Essa ruptura cria um receio e uma desconfiança do real no espectador de toda e qualquer imagem, seja analógica ou digital, o que cria uma pergunta implícita para esse sujeito: “será isto real?”. A proposta deste artigo é mostrar que essa dúvida tende a se tornar indissociável das imagens e do observador contemporâneo, o que favorece o desenvolvimento de uma postura mais analítica e crítica, em que o observador abandona uma postura exclusivamente diegética para assumir também uma leitura metacrítica. Autores como Bernard Stiegler, Thomas Mitchell e Hans Belting serão analisados.

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Biografia do Autor

  • Felipe Muanis, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

    Professor de Ciências da Comunicação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Portugal. Professor Associado, atualmente licenciado, do Instituto de Artes e Design no Curso de Cinema e Audiovisual e da Pós-Graduação em Artes, Cultura e Linguagens da Universidade Federal de Juiz de Fora, onde coordena o ENTELAS, grupo de pesquisa em conteúdos transmídia, convergência de culturas e telas. Doutor em Comunicação Social pela UFMG.

Referências

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Publicado

2023-09-11

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Imagens, inteligência artificial e a incontornabilidade da metacrítica. RuMoRes, [S. l.], v. 17, n. 33, p. 35–57, 2023. DOI: 10.11606/issn.1982-677X.rum.2023.210891. Disponível em: https://www.periodicos.usp.br/Rumores/article/view/210891.. Acesso em: 27 abr. 2024.