Copiando O Homem que Copiava: intertextualidades, fragmentos e autoria

Autores

  • Eduardo Miranda Silva Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2023.214830

Palavras-chave:

Narrativa, Audiovisual, Intertextualidade, Jorge Furtado

Resumo

Este artigo aborda a questão da cópia no âmbito do debate acerca de noções como autoria, originalidade e perda da centralidade da figura do autor a partir da descoberta da existência de uma adaptação não autorizada envolvendo o filme indiano Currency, de 2009, dirigido pelo cineasta Swathi Bhaskar, e o longametragem brasileiro O Homem que Copiava, de 2003, roteirizado e dirigido por Jorge Furtado. A partir da retomada de questões intertextuais contidas na obra de Furtado e da conhecida relação do diretor com o cânone literário, pretende-se discutir o fragmento e a montagem contemplados na obra brasileira. Também se objetiva analisar a mise en abyme, que extrapola o circuito ficcional diante da reação irônica e lúdica de Jorge Furtado ao saber de um copiador que plagiou seu filme sobre um copiador.

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Biografia do Autor

  • Eduardo Miranda Silva, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

    Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade e professor do curso de Estudos de Mídia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

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Publicado

2023-12-29

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Copiando O Homem que Copiava: intertextualidades, fragmentos e autoria. RuMoRes, [S. l.], v. 17, n. 34, p. 37–54, 2023. DOI: 10.11606/issn.1982-677X.rum.2023.214830. Disponível em: https://www.periodicos.usp.br/Rumores/article/view/214830.. Acesso em: 27 abr. 2024.