A Amazônia e o desenvolvimento: aspectos da trajetória das políticas públicas na região

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14201/reb2020715219232

Palavras-chave:

Políticas públicas, Amazônia, exploração econômica, conflitos

Resumo

Este artigo faz uma avaliação das políticas públicas de desenvolvimento que foram planejadas para a Amazônia a partir da década de 1950 e materializadas, especialmente, da década de 1970 em diante. A exploração econômica fomentada não resultou em aumento significativo do bemestar social da população. Como base dessa argumentação, são utilizados estudos bibliográficos e pesquisas em sites de instituições públicas e de Organizações Não Governamentais. Os registros de pesquisadores e entidades que atuam na região mostram que as populações tradicionais padecem com a desestruturação de seus modos de vida e que os conflitos gerados se estendem através de décadas, permanecendo sem solução.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Maria Dolores Lima da Silva, Universidade Federal do Pará

    Doutora em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ, Brasil). Professora adjunta da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal do Pará (UFPA, Brasil) e do programa de pós-graduação em Ciência Política da UFPA.

Referências

Acselrald, H. (2014). Disputas cognitivas e exercício da capacidade crítica: o caso dos conflitos ambientais no Brasil. Sociologias, 16(35), 84-105.

Alier, J. M. (2011). O ecologismo dos pobres: conflitos ambientais e linguagens de valoração. São Paulo: Contexto.

Almeida, A. W. (1991). O intransitivo da transição: o Estado, os conflitos agrários e a violência na Amazônia (1965-1989). In L. Oliveira (Org.). Amazônia: a fronteira agrícola 20 anos depois (pp. 259-318). Belém: MPEG.

Almeida, A. W. (1989). Terras de preto, terras de branco, terras de índio – uso comum e conflito. In A. W. Almeida (Org). Terras de quilombos, terras indígenas, “babaçuais livres”, “castanhas do povo”, faxinais e fundos de pastos: terras tradicionalmente ocupadas (pp. 163-196). Belém: Cadernos NAEA.

Allegretti, M. (2008). A construção social de políticas públicas: Chico Mendes e o movimento dos seringueiros. Desenvolvimento e Meio Ambiente. Desenvolvimento e Meio Ambiente, 18, 39-59.

Allegretti, M. (1994). Reservas Extrativistas: parâmetros para uma política de Desenvolvimento Sustentável na Amazônia. In A. Anderson (Org). O destino da floresta: reservas extrativistas e desenvolvimento sustentável na Amazônia (pp. 17-48). Rio de Janeiro: Relume/ Dumará; Curitiba: Instituto de Estudos Amazônicos.

Áreas Protegidas na Amazônia brasileira: avanços e desafios (2011). Belém: Imazon; SP: Instituto Socioambiental. Recuperado d [https://www.socioambiental.org/pt-br/o-isa/programas/monitoramento-de-areas protegidas]. Consultado [06-05-2020].

Castro, E. (2004). Transformações ambientais na Amazônia: problemas locais e desafios internacionais. In A. D. Mendes (Org). Amazônia, terra e civilização: uma trajetória de 60 anos (2° Ed., pp. 45-78). Belém: Banco da Amazônia.

Conflitos no Campo: Brasil 2019 (2020). Goiânia CPT Nacional. Recuperado de [https://www.cptnacional.org.br/component/jdownloads/send/41-conflitos-no-campo-brasil-publicacao/14195]. Consultado [06-05-2020].

Dryzek, J. S. et al. (2002). Environmental Transformation of the State: the USA, Norway, Germany and the UK. Oxford, Political Studies, 50, 659–682.

Lira, S. B. (2005). Morte e ressurreição da SUDAM. Uma análise da decadência e extinção do padrão de planejamento regional na Amazônia. Tese de doutorado, Universidade Federla do Pará, Belém, Pará, Brasil.

Meirelles Filho, J., & Martins, F. (2019). Amazônias viajantes. Os viajantes e a reflexão sobre a Amazônia nos últimos cem anos. Revista de Estudios Brasileños, 6(11), 13-31.

Prates, D. M. et al. (2017). Uma avaliação das políticas desenvolvimentistas nos governos do PT. Cadernos do Desenvolvimento, 12(21), 187-215.

Pereira, A. K. (2014). Desenvolvimentismo, conflito e conciliação de interesses na política de construção de hidrelétricas na Amazônia brasileira. In A. Á. Gomide, et al. (Org.). Capacidades estatais e democracia: arranjos institucionais de políticas públicas (pp. 161-185). Brasília: Ipea.

Ranking ABES da universalização do saneamento. Recuperado de [http://abes-dn.org.br/pdf/Ranking_2019.pdf]. Consultado [22-05-2020].

Ravena, N. et al. (2019). Política e estratégias de integração na Pan-Amazônia: qual o lugar da agenda ambiental? Revista Desenvolvimento em Debate, 7(1), 133-159.

Sequeira, J. É., & Silva, D. (2014) O ativismo judicial transnacional e a Transnational Advocacy Network na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Revista Política Hoje, nº 23, 177-201.

Silva, D. (2015). Socioambientalismo e políticas públicas. In M. Souza, et al. (Org). Meio Ambiente debate político central do século XXI (pp. 181-194). Belo Horizonte: PUC Minas.

Silva, M. D. L., & Rosa, B. N. L. (2013). Socioambientalismo e políticas públicas - em perspectiva as RESEXs na Amazônia paraense. Conexões, 6(1), 171-197.

Sistematização da Produção Bibliográfica do Programa de Pólos Agropecuários e Agrominerais da Amazônia – POLAMAZONIA (2019). Belém, SUDAM. Recuperado de [www.sudam.gov.br]. Consultado [20-05-20].

Souza, N. S. (2010). A Amazônia brasileira: processo de ocupação e a devastação da floresta. Brasília: Boletim Científico ESMPU (a.9), 32/33, 199-235.

Vasconcelos, P. M. C. (2018). Hidrelétricas do Madeira e o acesso à justiça. Quaestio Iuris, 11(4), 3049-3068.

Downloads

Publicado

2021-08-23

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

A Amazônia e o desenvolvimento: aspectos da trajetória das políticas públicas na região. (2021). Revista De Estudios Brasileños, 7(15), 219-232. https://doi.org/10.14201/reb2020715219232